Sejam todos muito bem-vindos!





segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

3ª Quimioterapia

Antes de falar do dia propriamente dito, queria falar da consulta pré-quimioterapia.
Ocorreu na quarta-feira, dois dias antes da quimioterapia.
Quando agendamos, meu médico oncologista clínico, que também foi meu professor na faculdade durante esse ano, disse que marcaria na quarta porque na sexta não haveria atendimento por conta do Natal. O problema é que eu entendi que ele atendia às quartas e sextas e não que os pacientes do SUS são atendidos nesses dias... Como ele não tem ambulatório na quarta, mais uma vez, não passei com ele.
Pode parecer uma bobagem (e realmente deve ser), mas para mim não. Me senti tão abandonada... Não gosto de drama, mas esperava mais. Principalmente porque só havia sido marcado as três sessões que eu estava terminando e seria um momento de decisão em relação ao tratamento...
Mandei uma mensagem para ele e ele me ligou explicando tudo. Não tive coragem de dizer que eu apenas estava triste por não ser ele que me atenderia.
Lá funciona assim: passamos com um residente, que faz toda a anamnese e exame físico e depois passa o caso para algum oncologista e ele volta com a resposta... Nada contra residentes, mesmo porque (com a graça de Deus) serei uma logo em breve, mas é algo tão sério e tão íntimo para ter que ficar passando cada dia com uma pessoa. Haja catarse.

Dia de Natal, e lá vamos nós para a terceira sessão.
O acesso venoso foi até que fácil, mesmo sem ter muitas opções. Foi a mesma pessoa da outra vez, e ela é muito boa. Cada vez mais dolorido. Logo que terminou comecei a sentir náuseas. Eu perdi quase três quilos e a dose dos medicamentos foi alterada, mas acredito que apenas para a 4ª sessão. Como eu perdi os quilos agora, talvez a dose estivesse alta demais e daí os sintomas... Ou simplesmente porque as coisas estão piorando com o passar do tempo...
Me senti muito pior dessa vez. Acho que estou com cinetose, que é um tipo intolerância que faz a pessoa passar mal quando anda de carro, exceto quando dirige. Então esses dias eu que dirigi nas idas para tomar o Granulokine no hospital.
A mialgia durou, além do segundo dia, o terceiro também. Sábado e domingo foram dias difíceis. Nunca havia recusado visitas na minha casa, pois adoro quando isso acontece, mas no sábado tive que fazer isso.
No sábado mesmo uma família muito amiga foi lá em casa, e fiquei feliz com as palavras de conforto que recebi. Me senti melhor depois que o padre Lúcio me deu o sacramento de Unção dos Enfermos, no domingo a noite.
Segunda-feira eu já estava novinha em folha.
Por enquanto é isso, e só peço a Deus que tudo passe logo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Agradecimentos

Gostaria de agradecer a todas as pessoas que têm me mandado mensagens, e-mails, comentários, scraps e as ligações...
Nesses momentos percebemos como as pessoas são boas.
Tenho conhecido pessoas maravilhosas. Novos amigos e também aqueles que reapareceram...
Agradeço principalmente ao meu Deus, que tem sido tão bom comigo. Tenho tido tão poucos sintomas (em vista do que poderia ocorrer)...
Muitas vezes até esqueço que estou em tratamento. Quem sempre me lembra é a careca... Essa não tem jeito de esquecer. Mas isso não é ruim, não.
Que Ele continue me abençoando (e a todas nós!) para que as próximas sessões continuem assim.
Todas nós, mulheres de garra, estamos caminhando para a cura e para uma Nova Vida!
Beijos a todas minhas companheiras de luta!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pacientes

Hoje foi o primeiro dia que atendi pacientes usando o lenço...
Fiquei um pouco sem graça no início, mas depois nem me lembrei que eu estava usando...
A reação das pessoas não foi de muito espanto, como eu imaginei que seria.
Nenhuma pergunta ou olhar diferente.
Ainda bem, assim fico mais tranquila para o início do internato.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Granulokine

É um medicamento para que a nossa imunidade não caia tanto e para evitar a neutropenia febril.
O problema é que o SUS não cobre em todos os casos, apenas para quem teve mais de dois episódios de neutropenia febril, ou seja, precisa sofrer um pouco antes de ter o benefício.
Só que custa muito caro, cerca de R$ 500,00 cada injeção (são três por ciclo).
Se alguém que também passa ou passou por isso, souber como conseguir esse medicamento, por favor, me diga.

sábado, 4 de dezembro de 2010

2ª Quimioterapia

Foi uma confusão...
Estava marcada para sexta-feira às 17h. Cheguei no hospital às 11:30h da manhã e graças a eficiência e boa vontade de várias pessoas não deu tempo de fazer a quimio... Não é piada, infelizmente. Sai de lá tão estressada.
Não é porque estamos fazendo um tratamento de câncer que não temos vida própria... Parece que eles acham que a gente só tem isso da vida para fazer... Enfim, tive que marcar para o dia seguinte.
Agendado para às 8h, cheguei às 7:30h, mas obviamente fui atendida somente três horas depois... Começou mais de 11:00h.
Não deu certo a primeira punção que a auxiliar pegou e teve que pegar outra... Nunca havia acontecido isso comigo. Minhas veias sempre foram 'boas'. Mas é um dos efeitos da quimioterapia, como o líquido é irritante para as veias, essas vão se tornando mais endurecidas...
Na segunda punção foi tudo bem. Recebi todos dos medicamentos e não senti nada... Almoçamos uma comida bem gostosa.
Chegamos em casa e resolvemos assistir um filme. Dessa vez as náuseas foram muito intensas e acabei vomitando uma vez.
Acho que fiquei tão estressada com os atrasos no hospital que isso me deixou mal... Isso interfere. Na 1ª vez eu estava bem tranquila e não senti isso... Mas dessa vez não deu para controlar. Acho um descaso tão grande.
No segundo dia, assim como na primeira quimio, tive uma mialgia (dor nos músculos) muito intensa. Doia os músculos dos braços, costas, peitorais, do pescoço e até os músculo da face... Mas no dia seguinte já acordei bem. O que permaneceu alguns dias foi apenas o gosto ruim na boca e nas náuseas.
Que Deus me ajude e me dê muita paciência para seguir.

domingo, 28 de novembro de 2010

Neutropenia Febril II

14º dia da quimioterapia
No dia seguinte fiz a prova, não estava bem. O Fernando foi comigo e ficou me esperando. Quando cheguei em casa, fui piorando até aparecer a febre novamente... Fomos novamente ao hospital.
Esses dias não estou com sorte com meus futuros colegas.
O médico foi um grosso... Acho que ele leu que eu não quis ficar internada no dia anterior e já fez uma imagem de mim, sem nem conversar comigo. Extremamente anti-ético. Médico nenhum está lá para julgar ninguém. O paciente tem autonomia para decidir quando e qual tratamento irá se submeter ou não...
Ele não me examinou, não conversou, mal entrou no quarto... Ele disse que iria fazer a internação e pedir o medicamento antes (eu estava com muita dor de estômago). Ele não fez isso. Após quase 3 horas é que me deram remédios, e o único para dor era dipirona. Não sei que escola médica ele aprendeu que dipirona tira dor de estômago, mas foi o que ele fez...
No dia seguinte ele não deixou prescrito o milagroso omeprazol e adivinhem: meu estômago foi piorando cada vez mais... Também por conta do antibiótico de largo espectro (cefepime) tive muita dor de estômago...
Enfim, fiquei internada de quinta-feira à noite até domingo de manhã.
A partir de sexta fiquei sozinha no quarto, o que foi bom, pois é difícil ficar com outras pessoas...
Sexta foi aniversário do Fernando e eu nem pude dar um presente para ele.
No sábado o Daniel, meu filho, foi me visitar. Fiquei muito feliz. Ele almoçou comigo... Eu não conseguia comer muito, pois estava com muita dor... Na janta já estava melhor e pude comer um pouco mais.
No domingo percebi que meu cabelo começo a cair muito.
No momento que o médico passou minha tia e meu pai estavam lá comigo... Ele me deu alta e fiquei muita animada. Foi ótimo voltar para casa e ver meu bebê.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Neutropenia Febril I

13º dia da quimioterapia.
O mais temido aconteceu. Na quarta-feira cheguei um pouco mais cedo da faculdade e não tive ânimo de ir buscar meu filho. Fui direto para a cama. eu estava me sentindo mal e comecei a ter febre... Muitos calafrios e 38,3ºC de temperatura. Meu marido estava na faculdade e meu cunhado me levou para o PS lá no ACCamargo.
Novamente foi uma demora... Mas ao chegar lá no hospital já não estava mais febril. Como eu tinha prova final do estágio de GO no dia seguinte não quis ficar internada, mesmo com 1060 de leucócitos e menos de 500 de neutrófilos.
Eu não estava preparada para ficar internada. Não apenas por não ter levado minhas roupas, mas eu não sabia quantos dias ficaria, se poderia ficar com acompanhante, perder provas, ficar longe de meu filho...
Enfim, o médico de plantão nem quis saber o que se passava na minha cabeça e simplesmente achou um absurdo eu não aceitar ficar internada...
Pensando melhor depois, realmente era um absurdo eu não ficar, pois existia um risco de sepse. Mas a postura do médico foi de tanta arrogância e frieza que eu não fiquei mesmo!
Como não estava com febre eu achei melhor fazer a prova no dia seguinte e qualquer coisa, se a febre voltasse, eu voltaria ao hospital...
Esse médico deveria ter a preocupação e a sensibilidade de perceber por que eu não queria ficar internada, quais eram meus medos, deveria se preocupar em tirar minhas dúvidas e me convencer a ficar... Mas nada disso foi feito. Fui embora por minha conta e risco mesmo.

domingo, 21 de novembro de 2010

1ª Quimioterapia

Fiz a primeira sessão de quimioterapia sexta-feira dia 12.11.10.
Eu estava com medo, mas não senti nada.
A infusão da droga é feita de modo bem lento. Primeiro os medicamentos anti-eméticos (para evitar as náuseas e vômitos). Depois foi a Epirrubicina (a famosa vermelha), a cisplatina e o fluorouracil. Demorou pouco mais de 2 horas para terminar. Depois almocei e passei com o oncologista clínico.
Na volta, após quase 6 horas, comecei a sentir enjoo e um gosto ruim na boca. Logo comecei a tomar os medicamentos anti-eméticos e não vomitei nenhuma vez.
No segundo dia tive uma dor muscular nas costas, horrível.
Às vezes sinto um pouco de indisposição, um cansaço, mas nunca me deixo abater, logo arrumo alguma coisa para fazer, saio para dirigir um pouco, ou simplesmente tomo um banho bem quente e me deito... Afinal ninguém é de ferro! Mas como eu sinto isso normalmente quando vai chegando a noite, é até difícil saber se realmente é um efeito dos medicamentos ou apenas um cansaço normal pela vida agitada.
De modo geral, graças ao meu bom Deus, eu estou me sentindo muito bem. Espero que continue assim.
As aulas estão chegando ao fim, agora é apenas passar por essas provas finais e terei um tempo de férias...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Vai começar

Sexta-feira começo a quimioterapia.
Está dando um friozinho na barriga...
Nesse momento vai dando um medo, pois não sei como vou me sentir. Pode ser que eu me sinta bem, que eu continue minhas atividades normalmente (indo às aulas e dando meus plantões), que meu sistema imune não 'sofra' tanto e eu não fique muito imunodeprimida... Mas pode ocorrer exatamente tudo ao contrário... Ou, ainda, pode ocorrer um meio termo.
Como diz meu professor de Cirurgia: "O paciente tem medo do desconhecido".
E é isso que estou sentindo nesse momento.
Que Deus me ajude!
Só não gostaria de ficar vomitanto muito, pois ainda estou com bastante dor por conta da cirurgia da biópsia de ovário. Aliás, quero registrar aqui novamente que não teve nada de tranquilo, como foi dito na Reprodução Humana.
Vou tentar fazer posts mais curtas...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Criopreservação

Fiz uma biopsia de ovário para tentar preservar minha fertilidade.
Após a quimioterapia pode-se ficar estéril, e pensando nessa possibilidade me submeti a esse procedimento, mesmo não querendo muito.
Me internei no domingo 31 por volta das 17h. O Daniel passou o dia todo grudado em mim, parecia que estava adivinhando... Tomei um banho, jantei e fiquei no MSN esperando o Fernando para conversar. Depois fiquei conversando com a Natis e jogando Campo Minado. Isso me ajudou, pois o tempo passou rapidamente.
O procedimento foi feito dia 01 pela manhã. Recebi anestesia geral. Lembro que da última vez que olhei no relógio era pouco mais de 7:30h. Fui anestesiada por um médico super especialista, professor titular e livre docente da UNIFESP. Me senti muito tranquila e preferi a anestesia geral ao invés da raqui. Já tomei a raqui três vezes e não queria tomar novamente...
O único incômodo da anestesia geral é que quando é injetada na veia se sente muita dor, pensei que minha mão (onde estava o acesso) e meu braço estavam sendo cortados. Mas dá um sono tão gostoso...
Acordei umas 10:30h com muita dor, a auxiliar ligou o tramal na minha veia e logo começaram as naúseas. Por duas vezes quase vomitei, mas a dor abdominal era tão grande que não conseguia vomitar.
Quando cheguei no andar o Fernando estava lá. Nesse meio tempo ele já tinha perguntado mais de mil vezes para as auxiliares do andar, tinha ido ao centro cirúrgico e até na clínica de reprodução humana para tentar ter notícias. É um descaso total, basta dizer que é paciente do SUS (que era o meu caso) que as pessoas se tornam mal educadas e não se esforçam para ajudar em nada. A única coisa que sabem dizer é que precisa esperar... Pobre não tem direito de nada. Acho até que é falta de humanidade.
Enfim, nos falamos por alguns minutos no quarto, mas eu estava sem dor e estava com tanto sono, que não conseguia conversar. Ele foi embora e fiquei dormindo.
Quando chegou o horário de visitas eu continuava dormindo. A Natália, minha mãe, o Fernando e dona Ivaneide foram lá. Ficamos conversando, mas eu estava com muito sono ainda. Meus calcanhares estavam anestesiados de tanto ficar na mesma posição. O Fe massageou e melhorou um pouco.
Depois que eles foram embora veio o jantar, uma sopinha com cara bem industrializada. Depois que retirei a sonda vesical continuei dormindo até o dia seguinte.
Sai do hospital 11:00h e mesmo me queixando de dor no peito que me impedia de respirar direito, fui liberada.
O Daniel estava almoçando quando cheguei. Ele ficava falando que tinha ficado com muita saudades... Lindo! Nunca haviamos ficado mais de 1 dia longe. Essa foi uma parte bem difícil.
Em casa tomei uma sopa de verdade, feita pela minha mãe e passei a tarde com a Nandinha lá em casa. A dor persistia, às vezes melhorava e às vezes piorava. Chegou uma hora que não aguentei mais e fui para o Pronto Socorro. Fiz um monte de exames, tomei vários remédios e me senti melhor.
Dormi bem a noite toda. Bendito tramal (é um analgésico bem potente).
Ao contrário do que a médica da Reprodução Humana (ginecologista) disse não foi nada tranquilo...
Me desculpem os ginecologistas, mas cada vez mais tenho a impressão que eles não sabem nada.
No dia 03 passei em consulta na reprodução humana e o médico, ao contrário do que havia dito antes, disse que não daria para usar os medicamentos para estimular meus ovários para tentar congelar meus óvulos, por causa da massa tumoral. Só havia um medicamento, mas que, no máximo, conseguiria uns 5 óvulos. Muito pouco. Decidi deixar isso para lá. Não vale a pena tanto esforço para quase nada.
Mas creio que Deus está no controle das coisas. E não me arrependi mais de ter feito a biopsia de ovário, já que agora essa será a única chance que terei, caso fique estéril.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Reprodução Humana

Hoje passamos em uma consulta para saber se faremos algo para tentar preservar minha fertilidade:
Existem 3 opções, basicamente:
1) Guardar tecido ovariano
2) Guardar óvulos ou embriões
3) Uso de Zoladex

Todas têm vantagens e desvantagens a serem consideradas:

1) Guardar tecido ovariano é um procedimento invasivo (por laparotomia ou laparoscopia), que necessita de anestesia e como é um método novo, os índices de sucesso giram em torno de 10 a 20% de chance de ter um bebê. A vantagem é que é mais rápido que a estimulação ovariana.

2) Guardar óvulos ou embriões é um método mais antigo e praticado em quase todo mundo. As chances giram em torno de 20 a 30%. O inconveniente é que precisa de, pelo menos, 2 semanas para fazer a estimulação ovariana, tendo o cuidado de não utilizar estrogênio, mas sim outros métodos. Há também o problema ético-religioso do que fazer com os embriões que sobrarem. Legalmente, hoje em dia, após 3 anos da decisão do casal de não mais utilizá-los eles podem ser doados para outro casal, doados para pesquisa ou descartados.

3) O uso do Zoladex tem por objetivo colocar a mulher em estado de menopausa, ou seja, os ovários ficariam protegidos durante a quimioterapia. O problema é que não há evidência científica que comprove seu valor.

De modo geral o preço também é bem alto para qualquer um desses procedimentos.

O que o médico da reprodução humana me orientou é fazer as três coisas, que somariam uma chance de 50% de sucesso.

O problema é o atraso na quimioterapia, que pode levar até 3 semanas. Então quando eu deveria estar no segundo ciclo, estaria fazendo o primeiro ainda. Não há um consenso entre os médicos sobre isso. Uns dizem que não serão 2 ou 3 semanas que mudarão o rumo das coisas, visto que o tumor já está instalado há mais de 1 ano, pelo menos. Outros são mais enfáticos e não aceitam a possibilidade de esperar, pois dizem ser perigoso e querem iniciar a quimioterapia o quanto antes.

Eu sinceramente não sei... Sinto falta de algum profissional que ajude nessa decisão. Às vezes sinto que ninguém quer se comprometer... Sem dúvida que a decisão é minha, mas simplesmente falar nem que sim e nem que não, não ajuda em nada. Muito pelo contrário...

Diante do médico da reprodução humana tenho a impressão que é tranquilo e que realmente não fará diferença para o tratamento e estarei assegurando a possibilidade de ter outros filhos... Diante do oncologista clínico tenho a impressão de estar fazendo ou querendo algo errado, que é uma ação inconsequente que pode me colocar em risco...

Já temos tanta coisa para pensar numa situação dessas... Ainda por cima o Daniel não está bem de saúde. Espero tomar a decisão certa. Que Deus me ilumine e conduza as coisas nesse momento. É só o que eu quero agora.

sábado, 23 de outubro de 2010

Festa de Aniversário da Empresa - 23.10.10

Estava bem desanimada de participar dessa festa, mas pela manhã fiz uma aula de volante lá na Penha e dei uma animada.
O Fernando deixou o carro e eu dirigi ainda mais, pela tarde, com minha cunhada Virgínia, que está me ajudando e me dando dicas legais.
Quando chegou a hora de ir arrumar o cabelo não tive dúvidas: fui sozinha dirigindo pela primeira vez! Foi tudo tranquilo. Cortei o cabelo pela segunda vez essa semana. Claro que achei que ele cortara demais (só para não perder o costume!). Mas é preciso que eu me acostume.





O Fernando foi comigo no jantar, mas ficou esperando num restaurante lá perto mesmo.
Logo que cheguei encontrei os chefes, que sabiam do que estava acontecendo. A médica que havia autorizado o exame conversou comigo por uns instantes, ofereceu-me algumas perucas que haviam pertencido à mãe dela (achei esse gesto muito bonito), pois ela estava guardando para algo especial.
O médico que laudou a Ressonância Magnética das Mamas também foi atencioso, enfatizou que marcássemos um horário para ele ver todos meus exames. E um outro médico, que acompanhou a realização do exame também conversou comigo sobre o tratamento...
Durante a festa foi muito engraçado, pois havia 2 tipos de conversas: quem sabia que eu estava com câncer me perguntava sobre isso com um olhar de tristeza, quem não sabia (que era a maioria) perguntava sobre a faculdade, meu filho e como eu estava fazendo para dar conta de tudo...
Jantamos, tiramos fotos, rimos... Foi bom reencontrar minhas amigas de trabalho. Uma delas, a Nice está grávida de 8 meses, uma graça.
Eu não tinha vontade alguma de comer aquelas coisas, mesmo estando morrendo de fome... Só bebi água e comi um pouco de salada e de uma torta de queijo. A carne estava salgada demais. Sempre ficava pensando que aquilo não me faria bem e não tive vontade de comer.
Depois do jantar ficamos vendo a retrospectiva das festas anteriores, e é claro que eu não estava em nenhuma delas...
Como o Fernando estava passando mal logo fui embora.
Foi bom ter aproveitado esses momentos, afinal eles são sempre tão prestativos comigo, sempre dispostos a me ajudar... Já fui atendida em tantos favores e pedidos que já perdi as contas... No dia que tivermos que acertar, vai ficar caro... rsrs
Louvo a Deus pela vida e pela generosidade de cada um deles.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Oncologia Clínica - 22.10.10

Eu estava indo para a consulta com o oncologista clínico, quando o mastologista que eu estou participando da tese me ligou para dizer que o imunohistoquímico havia ficado pronto.
Peguei o resultado e passei em uma consulta oficial com ele, pois infelizmente a mastologista se desligou do hospital e ele que vai conduzir meu caso agora.
Conversamos bastante, ele anotou todos os resultados, mediu o tumor (6,5cm ao exame físico) e fiquei de mandar-lhe um e-mail.
Depois foi a vez de passar com o oncologista clínico, passei primeiro com o residente. Contei toda a história desde o início... Depois ele passou o caso para o meu professor.
Ele veio até o consultório, sem muitas novidades além do que já havíamos conversado na terça-feira dia 19.10.10 após a prova de oncologia.
Farei 6 sessões de quimioterapia, três de cada cada combinação de drogas, depois poderei fazer a cirurgia. Depoi vem a radioterapia e finalizando com a hormonioterapia por 5 anos.
Ele já adiantou que meus cabelos irão cair e sugeriu que eu os cortasse bem curtos (até mesmo raspasse) antes de começarem a cair, pois quando isso começa a ocorrer (lá pelo 15º dia após a primeira quimioterapia) o couro cabeludo passa a ficar muito sensível e dolorido, ficando mais difícil de raspar.
Mas na última terça-feira já comecei a cortar, esse é meu novo visual:

Vou começar com FEC:
FluoroUracil (5-FU) ------------- 834mg
Epirrubicina (Farmorrubicina) -- 166,8mg
Ciclofosfamida (Genuxal) -------- 834mg
Ondansetrona 8mg/4ml --------- 16mg (esse é para náuseas e vômitos)

Ele marcou para começar dia 29.10.10. Vou preferir fazer de sexta-feira, pois assim nos primeiros dias estarei em casa.
Sai bem triste da consulta, mesmo sabendo de tudo previamente. Mas agora é diferente, está cada vez mais perto a realidade de me ver sendo transformada pela doença, que até se faz bem silenciosa, mas pronta para dar o bote.
Nem tive ânimo para dirigir hoje.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Exames

Nesses dias que se passaram fiz muitos exames para o chamado estadiamento do câncer.
O estadiamento visa verificar a extensão das lesões provocadas pelo tumor.

T de tamanho
N de linfonodos comprometidos
M de metástases

No meu caso ficou como T3 N1 M0 (tamanho do tumor grande, comprometimento da cadeia linfonodal axilar e nenhuma metástase).
Terça-feira dia 19.10.10 pegamos todos os resultados e com a Graça de Deus nenhum foco de comprometimento secundário, ou seja, nenhuma metástase.
Agora só falta um exame que é complementar à biópsia, que é o chamado perfil imunohistoquímico. Ele que indica qual o tipo de tumor, se é responsivo a hormônios e isso serve para determinar os tipos de medicações a serem utilizadas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Meu aniversário de 30 anos - Praia de Tabatinga



Meu cabelo era assim...

Praia

Mesmo saindo a noite e depois de uma biópsia na mama e na axila ainda tive ânimo de viajar. Não por mim, mas pelo Daniel, que desde a Páscoa não parava de falar que queria ir para a praia.

Resolvemos viajar por ele, para comemorar meu aniversário de 30 anos, talvez a despedida de uma vida 'normal' e quem sabe nos fortalecer para o que está por vir.

Chegamos na segunda mais de meia-noite e já fomos dormir.



No dia seguinte o Daniel estava muito animado para ir para a praia. Mal podia esperar tomarmos café.

Demos de presente para ele uma escavadeira com um trator... Ele adorou e já levou para a areia junto com o caminhão, o balde, as pás... Tanta coisa.

Para nossa surpresa aquela praia com ondas tão calmas, de água quentinha e areia lisinha que encontramos na Páscoa havia desaparecido. Agora as ondas eram mais fortes, a água era fria e a areia bem grossa... Acho que devido à época do ano, mudança de estação, sei lá.



O fato é que nada disso impediu nosso pequeno de se divertir.

Aproveitamos bastante essa terça-feira. O difícil era convencer o Daniel de perder um pouco de tempo para poder comer ou beber alguma coisa...

Mas comecei a ficar preocupada, pois ele já estava com uma tosse seca desde antes de viajarmos. Agora a tosse se tornara produtiva, ele começou a 'chiar' e ficar febril. No jantar ele não aguentou e dormiu.



Como os sintomas começaram a se exacerbar levamos ele ao posto médico que fica dentro do condomínio onde estávamos hospedados. Chamar de posto médico é ser bem simplista, pois era praticamente um mini-hospital. Graças a Deus o médico de plantão era muito competente, pela percussão disse que parecia ter uma área de comprometimento. Ele fez inalação e conseguimos dormir.

No dia seguinte apenas passamos um tempinho logo cedo na praia e já fomos embora. Estava frio, ventando muito e como ele não estava mais tão animado, nem disposto a entrar na água achamos melhor ir direto para o hospital.

Esperamos 2 horas para sermos muito bem atendidos por uma médica pediatra e pneumologista formada na 15ª turma de Mogi. Como diz meu professor de pediatria sempre encontramos um Jacaré por ai... Me senti bem segura e não é que aquele médico estava certo: havia realmente um foco de opacidade exatamente onde ele dissera!

Chegamos bem tarde em casa, mas foi uma boa viagem.

Por alguns instantes diante daquele mar tão bonito tinha a impressão que não estava acontecendo nada de anormal comigo. Que minha vida estava se seguindo. Que nós apenas estávamos descançando da correria de sempre: faculdade, plantões, cuidados da casa e do Daniel... Maldita doença escondida, que não mostra sua cara e que nos faz ter esse tipo de impressão de normalidade, enquanto nos deteriora do pior modo possível.





quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A. C. Camargo

No dia seguinte ao diagnóstico passei com meu professor no Hospital do Câncer A. C. Camargo. Ele me apresentou a uma mastologista que amei, senti também muita confiança nela.
Ela fez toda documentação para que eu pudesse ser atendida no hospital. Conversamos bastante e como meu professor já havia dito, provavelmente, faremos primeiramente uma quimioterapia neoadjuvante, ou seja, ela é feita antes da cirurgia. Com isso, mantendo o tumor ainda no organismo, é possível verificar se as medicações usadas na quimioterapia estão sendo eficazes.
Fiquei um pouco insegura, mas aos poucos fui lembrando das aulas que tive esse ano na disciplina de oncologia e fiquei mais tranquila.
No dia seguinte já tivemos a resposta positiva e na quinta-feira já passamos em uma consulta oficial com a mastologista. Ela me inscreveu numa tese de mestrado de outro mastologista que é sobre o PET SCAN.
No dia seguinte já realizei ess exame que serve para verificar se há atividade metabólica em algum foco do organismo, indicando metástases.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O resultado

Fizemos a mesma sequência: assisti à aula de pediatria e depois fomos para o hospital.
Por um momento, durante o percurso, pensei que não seria nada...
Ela estava séria e disse que o resultado era carcinoma ductal invasivo.
Na hora o Fernando já começou a ficar mal... Eu continuei as perguntas e ela foi descrevendo o que poderíamos fazer lá mesmo no hospital, mas que se eu quisesse fazer em SP, não havia problema.
Saimos da consulta e fomos ao guichê de agendamento.
Já liguei para o hospital onde eu trabalhei para falar com uma médica que é sócia, pois agora aquela Ressonância de Mamas tinha que ser feita urgente... Muito solícita ela permitiu já para o dia seguinte.
No meio de tantas ligações para conseguir alguns telefones, minha mãe ligou para saber o resultado. Ai não aguentei mais e chorei. Era triste dar essa notícia a ela, pois temos tantos casos na nossa família de perdas por câncer que era o que ela deveria imaginar...
Liguei também para meu professor de oncologia. Muito atencioso também ele me pediu que eu fosse para o seu consultório.
Antes passamos na clínica do meu professor de imagem e fiz um Ultrassom de Abdome total, que deu normal, graças a Deus.
Chegamos ao consultório dele e quando ele ouviu o resumo da minha história enquanto me examinava ele disse: "Mas eu já não falei para vocês que ginecologista não sabe nada de mama?" Eu disse que não, pois ainda não tivemos essa aula ainda...
Ele disse isso porque eu já tinha esse nódulo em Dezembro de 2008. E não foi feito nada...
Hoje foi um dia muito tumultuado, não sei o que pensar.

sábado, 2 de outubro de 2010

Convênio

Convênio médico é bom...
Até o dia que você precisa dele...

Hoje estava agendada uma Ressonância Magnética das Mamas. Quando liguei para lá eles disseram que pegariam a senha de autorização na hora. Eu ainda confirmei essa informação ao receber uma ligação do laboratório para confirmar minha presença.
Não deu outra, chegando ao laboratório fui informada que não faria o exame porque o convênio precisa de 5 dias úteis para autorização.
É tanta falta de nexo, como pegar a senha no momento do exame se eles somente a liberam em 5 dias?
Quem sabe os portugueses encontram resposta para isso...

Carro novo!!!

Em meio a tantas coisas, finalmente uma coisa boa: nosso carro chegou!
Já dei até uma voltinha no quarteirão, que foi o máximo que consegui que o Fernando concordasse...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Biópsia 1

Hoje o Fernando (meu marido) foi comigo para Mogi para realizarmos a biópsia.
Primeiro quis assistir a aula de pediatria da professora Rosana, que é imperdível.
Fomos para lá e depois de uma breve passada em seu consultório para preencher a papelada, fomos para a sala de biópsia.
Fiquei muito impressionada com o carinho e a atenção dela. A core biopsy é um procedimento invasivo, onde se visualiza o nódulo pelo ultrassom e depois da introdução da agulha (que é um pouco grossa), pela pele, chegando próximo ao nódulo, é disparado uma agulhada. É apenas o susto, pois tudo é feito com anestesia (que é a parte que mais dói, senão a única).
Ela retirou uns 5 fragmentos, depois fez um curativo compressivo e fomos para casa com mais pedidos de exames.
O resultado vem em uma semana.
Paramos para almoçar na estrada, na volta.
Depois ainda fomos no mercado para comprar o lanche do Daniel.
A noite foi longa, não conseguia achar posição para dormir...
Mas os dias se passaram...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Consulta com Mastologista em Mogi

Hoje, quarta-feira, finalmente chegou a consulta com a Mastologista.
Senti muita confiança nela (o que é raro para mim).
Ela foi bem categórica: precisamos fazer a biópsia no máximo até segunda-feira. Combinamos que ela faria lá no nosso hospital escola, caso eu não conseguisse fazer pelo meu convênio.
Ela disse coisas que me deixaram bem preocupadas, como, pensar se eu iria querer mesmo fazer o tratamento em Mogi, pois precisaria da minha família ao meu lado...
Na verdade ela não poderia me dizer um diagnóstico naquele momento, mas acredito que pela sua experiência ela já deve saber do que se trata. Mas fibroadenoma (aquele tumor benigno) ela disse que era improvável, se fosse seria o primeiro caso da carreira dela com aquelas características.
Pediu um monte de exames e ficamos de nos falar por telefone.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

As coisas sempre se encaixam

Meu futuro professor de Ginecologia, me recomendou que procurasse uma mastologista que é referência em Mogi. Mas havia um problema: ela não atende convênio.
Conversei com uma das professoras de pediatria, que me deu ótimas referências dela, mas disse que não a conhecia pessoalmente, portanto não poderia me ajudar pedindo uma consulta de graça ou mais barata...
Casualmente minha amiga conheceu essa mastologista esses dias e já conversou com ela sobre meu caso... Fiquei bem confiante, pois ela disse que ela era ótima na cirurgia.
Vamos à consulta.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Consulta com Mastologista em SP

Passei com um Mastologista que atende na rua do Hospital São Luiz Itaim, um senhor que aparentava bastante experiência, vários títulos e formações... Supostamente bem competente...
Confesso que não senti confiança no seu diagnóstico: "É um fibroadenoma gigante", disse ele olhando as imagens de mamografia.
Imagens estas que não dá para ver quase nada, por causa da densidade das mamas...
Mesmo assim perguntei se não seria adequado fazer uma biópsia para confirmar a etiologia. Mas ele procurou me tranquilizar mostrando fotos de uma cirurgia recente que havia feito em uma moça mais jovem do que eu, com um fibroadenoma maior ainda...
Fibroadenoma é um tumor benigno de mama.
Como estou em época de provas combinamos de marcar a cirurgia para final de setembro, já que 'não é nada'.
Mas vou procurar outra opinião, é claro.

domingo, 5 de setembro de 2010

Mamografia

Juro que não foi tão ruim quanto imaginei...
Sempre achei que doeria mais que o ultrassom. Na verdade dói um pouco mais, porém é tão mais rápido que nem se compara...
Ainda bem que era uma técnica bem treinada e fez até as compressões localizadas. Assim o exame sai mais rápido, pois não preciso voltar para complementar.
O resultado veio como Bi-Rads 2 (achados benignos) e com linfonodos axilares de aspecto habitual.
Agora só falta passar com o Mastologista.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Consulta com a Ginecologista

Passei em consulta com minha médica ginecologista.
Ela olhou o exame, pediu uma mamografia e me encaminhou para um mastologista...
Sem muito alarde também. Só disse que era melhor investigar.
Eu a questionei quanto a fazer mamografia na minha idade, pois mama jovem tem muitas glândulas e não dá para ver nada... Mas ela só respondeu: "Tem que fazer".
Odeio frases feitas, sem pensamento crítico. Mas vamos lá fazer o exame.

sábado, 21 de agosto de 2010

1º Ultrassom

Hoje finalmente consegui fazer esse exame.
Pela cara do radiologista não sei não...
Eu fiquei olhando e não vi coisas boas: microcalcificações, septações internas, contornos irregulares...
Mas o cara não quis se comprometer. Mesmo eu dizendo que era estudante de medicina e que sabia o que eu estava vendo ele não disse uma palavra concreta, apenas que teria que ver com meu médico...
Eu achei pura falta de compromisso. Não precisava assustar, mas dizer que não deixasse de lado já seria suficiente.
Vamos ver então.

domingo, 1 de agosto de 2010

Desconfianças

Desde o início do ano preciso fazer meus exames de controle.
Dessa vez em especial preciso fazer logo um ultrassom de mama, pois sinto um nódulo 'pesado' na mama direita.
Só preciso de tempo...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Entre os plantões

Sexta-feira, 19:00h, após um restaurador sono vespertino ao lado do Dani, encarar o plantão de GO da madrugada no Hospital Leonor.

Um plantão totalmente atípico para mim, poucas pacientes, nenhum procedimento, só exames físicos... Deve ser reflexo de feriado prolongado.

De acadêmicos apenas eu e a Renata. Nosso plano era sair tão logo amanhecesse o dia, e teríamos conseguido se não fosse a R2, que pediu para R1, que pediu para nós para fazer Cardiotoco nas pacientes internadas. Detesto fazer isso.

Finalmente sai. Eram 07:00h em ponto. Estava cansada e com sono, mas quando cheguei em casa e vi a animação do Dani para ir ao parque, tudo passou (claro que um bom banho quente e o café da manhã também deram uma forcinha).

Fomos ver a exposição dos Corpos na Oca. O Dani gostou no começo, mas logo disse que queria sair dali. A reação dele não foi de espanto como da Madrinha, nem de tanta admiração como do Padrinho. Ele gostou mesmo das luzes que ficavam girando e fazendo diferentes formatos no chão. Ele adorou correr atrás delas e foi o que o distraiu. Quando chegou a parte dos bebezinhos (embriões) é que ele gostou, porque ficávamos falando que ele era daquele jeito quando estava na minha barriga (ele adora essa história de que ele ficava me chutando).



Depois aproveitamos para dar uma volta de bike. No começo foi difícil, a última vez que andamos ele tinha pouco mais de 1 ano. Dessa vez foi bem mais difícil, ele estava bem mais pesado e o Ibirapuera estava cheio de pessoas sem a menor noção de que a ciclovia não foi feita para parar e conversar ou tirar fotos...

O Daniel estava se sentindo o verdadeiro Relâmpago Maqueen, ficava falando 'catchaw' a cada volta e sempre que a velocidade aumentava a ponto do ventinho bater no seu rosto. Ele nomeou todo mundo: o papai era o Chiq Hits (pois estava de verde), o padrinho era o Rei (pois a corrida basicamente gira em torno dos três), a madrinha era a Celi (a figura feminina do filme) e eu era o Mac, afinal eu que estava levando o relâmpago Maquenn... Foi engraçado.

Depois de uma manhã totalmente saudável, fomos no McDonald's (!). Essa foi a terceira vez que o Dani comeu lá, já está adorando.

No final da tarde o sono começou a exigir a vez dele. Claro que o Dani dormiu no carro na volta para casa e quando chegamos não me deixou dormir quase nada. O Fernando desceu com ele na hora do jogo e de repente, no meio de um sonho, comecei a ouvir: "Mamãe. Mamãe. Abre aqui para mim." Não é que o garoto voltou para casa sozinho. E deu o maior susto no vovô, na vovó e no papai.

A noite ele dormiu tarde e, para variar, acordei de madrugada com ele já deitado ao meu lado na minha cama.

Infelizmente não pude dormir até tarde para descansar. Pleno domingo tinha plantão em Arujá. O cansaço era grande. Mas o dia de sábado valeu a pena. Ver o Dani se divertindo com coisas simples é muito bom.

domingo, 11 de julho de 2010

3 aninhos!!!


O Daniel já completou 3 aninhos!

Inacreditável como o tempo passa rápido. Meu bebê já é um mocinho.

Essa festinha estava sendo esperada pelo Daniel há muito tempo... Todos os aniversários que participávamos ele perguntava: "Mas e a minha festinha?".

Primeiro pensamos no tema dos Backyardigans, e tinha que ser do episódio dos Piratas, já que por algum tempo foi seu episódio preferido.

Depois de passar semanas procurando algum lugar que tivesse a decoração com esse tema, ele simplesmente disse: "Eu quero festa dos Carros", já que naquele momento ele assistia o filme 'Carros', pelo menos, umas 4 vezes ao dia.

Pois bem, mudamos tudo e começamos a procurar a decoração dos Carros.

Mês de Junho é um mês ruim tanto para mim quanto para o Fernando, pois é época de provas na faculdade. Sem a menor condição de preparar uma festa de aniversário, adiamos a festa para o fim do mês. Aproveitamos o dia do jogo do Brasil, montamos um telão e fizemos um churrasco em casa mesmo...

O Dani se divertiu muito, alugamos uma piscina de bolinhas (que ele adora!) e no fim acabamos nós mesmos fazendo a decoração. Que até deveria ficar bonitinha, se não fosse pelo forte vento que fazia no dia e que acabou com as bexigas e tudo mais (rsrs).

Ele ficou quase que o tempo todo na piscina de bolinhas. Saia de vez em quando para comer "uma coisinha" e logo voltava.

Na hora do jogo foi a vez dessas benditas cornetas. Ele assoprava e ria...

Aproveitei o 1º tempo para dar um banho no Dani, com a intenção de cantar os parabéns no intervalo. Não foi uma boa ideia...

Ele sempre dorme depois do banho e como não deu tempo de passar o vídeo da retrospectiva (confira link logo abaixo), tivemos que esperar o final do jogo. Resultado: ele estava com muito sono, ficoi mal humarado e acabou chorando na hora do tão esperado parabéns.

Mas é assim mesmo. A festa foi muito legal, o Daniel se divertiu com as poucas crianças presentes: a Aninha, a Maria, a Sara, a Ana Vitória, a Gigi e até a Lele deu uma passadinha, mas nem tiramos fotos...

Foi bom aproveitar, pois nos próximos dois anos provavelmente não teremos festa. Estarei no internato e se for uma loucura como dizem, sem chance.

Resultado positivo Brasil 3 x 1 Costa do Marfim.

Parabéns ao Daniel e que Deus o ilumine sempre!!!


Mais umas fotos:








Mas dos presentes ele gostou!














Veja o vídeo da retrospectiva no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=ZMRvR8me2cA